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sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Quando o Corpo Fala

Nossos ciclos refletem nossa realidade, somatizam nossas experiências e trazem a tona tudo aquilo que muitas vezes tentamos omitir ou renegar, quando sangramos, entramos numa vibração energética diferenciada, como se colocassem uma lente de aumento sobre nossos sentimentos, emoções, projeções.
Nossa sensibilidade nos dias que antecedem a menstruação, muitas vezes por não ser observada, e tratada de maneira adequada se transforma em agressividade, irritação, inquietação.
E as cólicas menstruais, quando não existem complicações fisiológicas atestadas por um médico, são na maioria das vezes a somatização do estresse vivido durante o ciclo.
Digo isso pela minha própria experiência, quando tenho um mês mais tranquilo, menos estressante, o fluxo é tranquilo, sem nenhuma dor, nem mesmo a irritação ou mau humor típico da TPM me abate.
Mês passado foi um exemplo disso, conduzi um grupo de mulheres na "Bênção do Útero" promovida em sintonia com Miranda, pelo mundo inteiro, a sintonia foi tão maravilhosa que revigorou minhas energias, antecipou em 2 dias meu ciclo, sem dor, sem irritação, só o fluir.
Dediquei todo o sangue desse ciclo pra salvar meu pé de Guaco que pela falta de umidade do ar, estava muito maltratado (15 dias depois, tive uma gripe forte, e ele me cedeu folhas para um chá, que ajudaram no meu restabelecimento). Além dessa gripe, muito estresse, muita chateação, decepção, nervosismo por conta de muitos compromissos assumidos e problemas pessoais de difícil dissolução, somados a ansiedade do aniversário cada vez mais próximo, me transformaram numa bomba de nitroglicerina.
Meu ciclo atrasou 2 dias, foram 2 dias de mau estar, irritação, insônia, perda de apetite, enxaquecas, cólicas, que foram amenizados cada hora de um jeito, através de Aromaterapia (Lavanda e Erva Doce), Chá de Orégano, Funcho e Camomila, Cristaloterapia com Pedra da Lua, Azeviche e Coral - muita paciência? 
Algumas mulheres certamente iriam preferir tomar um BuscoFem, um Atroveran, ou algum outro remédio contra os sintomas, ao invés de parar, meditar e refletir nas causas que levaram o seu corpo a se comportar dessa forma, lhe fazendo sofrer dores e incômodos.
Hoje acordei as 6h da manhã como de costume, pra ajudar a Isa (minha filha de 10 anos) à se preparar pra ir à escola, depois de 3h mal dormidas por conta da agitação e irritação, me sentia um caco, e já exausta, quase apelando á uma tintura de ervas pra que o fluxo enfim descesse e acabasse esse mau estar.
Depois que minha filha saiu pra escola, me sentei confortavelmente, respirei fundo algumas vezes e conversei com meu útero, e com meu corpo, pedi perdão por todo estresse, falta de paciência, agressão que impus durante esse mês, os excessos cometidos de maneira completamente desnecessária, coloquei uma música gostosa e deitei, fiquei quietinha comigo mesma por umas 2h. 
E então o fluxo veio, sem que eu precisasse recorrer a tintura, fazendo com que a enxaqueca sumisse, o humor melhorasse, e as cólicas gradativamente também diminuíssem. Tenho certeza, que se não fosse essa "conversa" que tive comigo mesma, essa consciência plena do que estava errado, eu teria sofrido quantos dias mais fossem necessários.
"Todo poder, requer grandes responsabilidades." - "Conhecimento é poder." - Quanto mais você estuda, mais acumula "sabedoria", se você não à coloca em prática, o Universo criará oportunidades para você exercer seus Dons e seu Conhecimento, e isso se aplica em tudo.
Meu corpo é meu templo. Abriga meu espírito em evolução nessa Jornada hoje. Me foi concedido e confiado, assim como a Terra que habito e que merece todo o meu cuidado e amor, ambos (eu e a Terra) devemos coexistir em harmonia, respeito mútuo - exemplo disso; eu cuidei do Guaco, e ele cuidou de mim. 
Esse ciclo, esses 2 dias de angustia no fim serviram como inspiração pra esse post, me ajudaram à repensar posturas emocionais e práticas que devem ser reorganizadas com urgência, para que eu tenha um próximo ciclo mais tranquilo. E por fim, não acredito em coincidências. Meu aniversário será na madrugada de sábado pra domingo, o atraso do fluxo, o estenderá até domingo. Aniversariar é morrer e renascer. Menstruar é morrer e renascer. Não lembro a última vez que menstruei em um aniversário meu, ou seja, tava na hora de adquirir mais uma experiência pra essa caminhada..
Isso me forçará a comemorar o aniversário de maneira menos exposta, mais tranquila, dentro da vibração que meu coração sentiu necessidade na madrugada do dia 07 para o dia 08. Nosso corpo ouve nossos segredos mais íntimos e indizíveis, e dará exatamente aquilo que desejamos de acordo com a nossa vontade, então, cuidado com o que deseja pra você mesma também.
E que venham outras Luas Vermelhas neste novo ciclo, cheios de insights e experiências abençoadas pela a Senhora de Tudo.
Com sono, cansada, mas com um desejo imenso de compartilhar tudo o que vivi;
Babi.


quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Visões de Sangue

O sinal vermelho que as mulheres hindus pintam no seu terceiro olho é um símbolo do sangue menstrual. Originalmente, as mulheres pintavam o seu terceiro olho com o própria sangue menstrual e a magia do sangue abria o sexto chacra (centro energético associado a visão espiritual e psíquica).
O aspecto visionário da menstruação esta claramente invocado por esta prática. O sangue transporta-o até as células do corpo e por isso o sangue contem o conhecimento do código genético (ADN). O código genético e a linhagem familiar estão contidos na corrente sanguínea. Cada célula do corpo é um microcosmo do todo.
Quando pintamos o nosso terceiro olho com o nosso sangue, abrimo-nos ao conhecimento oculto de este código genético. Esta informação inclui um profundo conhecimento ancestral e pode trazer uma compreensão dos nossos próprios padrões familiares e os do gênero humano.
Todos trazemos dentro o conhecimento de todas as gerações de seres humanos que existiram. Oculta neste código genético há uma massa de informação reunida através da história. Ocasionalmente, a informação fica adormecida e as vezes deseja aflorar de novo. Estamos vivendo uma época em que o conhecimento da terra e da mulher, esta regressando a consciência coletiva e através do nosso sangue podemos entrar nela.
A próxima vez que sangrar, tente se relacionar conscientemente com o seu sangue. Tente pintar um pequeno ponto vermelho entre os teus olhos e observa como o conhecimento da terra e dos teus ancestrais flui até a tua consciência. 

*Seu Sangue é Ouro - Lara Owen

domingo, 17 de agosto de 2014

A Menstruação como um Sabá

A antiga palavra babilônica correspondente a sabá, sabbatu, vem de Sabat e significa “repouso do coração”. Na Babilônia, era um dia de descanso, quando constava que a Deusa Ishtar estava menstruando. Nesse dia, todos eram proibidos de viajar, de trabalhar e de comer alimentos cozidos – do mesmo modo que, em muitas culturas, ocorria para mulheres menstruadas. As tabuas cuneiformes da quarta dinastia de Ur, datadas do terceiro milênio a.C., relatam-nos que, na Suméria, os períodos da lua nova e da lua cheia eram devotados ao cumprimento de rituais.
Do mesmo modo, o sabá dos judeus originalmente tinha lugar na lua nova e na lua cheia; foi mais tarde estendido a cada quarto da lua. Estes dias muito remotos de repouso, vinculados à lua e à menstruação, foram a origem do moderno sabá judeu e do domingo cristão.
Atualmente, poucas pessoas dedicam-se, pelo menos um dia por mês, a realmente descansar. Em geral, a cultura euro-ocidental é obcecada pelo modo de vida Ativo. Só valorizamos a nós mesmos se estivermos fazendo alguma coisa, considerando as pessoas que não fazem muita coisa membros menos validos da sociedade. Somos orientados para a produtividade e para o acumulo de riquezas e posses, e não para o acumulo de sabedoria, força espiritual e autoconhecimento.
Esse fazer contínuo não conduz à felicidade ou ao bem-estar. Todos conhecemos o alivio de estar de férias e não ter de Fazer Nada. Obviamente, se todos nós puséssemos de lado nossos instrumentos de trabalho e decidíssemos apenas Ser, isto iria desequilibrar a outra direção, mas talvez pudéssemos ter um pouco mais de tranquilidade e menos pressão em nossas vidas. Com isso, não estou pensando em nos sentarmos diante da televisão e assistirmos as pessoas matando umas às outras e enganando seus cônjuges. Estou pensando, em vez disso, em nos sentarmos diante de uma arvore ou de um lago ou do mar, e apenas Ser.
Sem duvida, era bastante valida a antiga ideia do Sabá: um período de descanso, sem trabalho, dedicado à oração e à contemplação. À medida que a Era industrial inventava o vapor, energizado pela ética do trabalho protestante, o sabá ia caindo no desagrado e os velhos tabus proibindo o trabalho em um dos dias da semana foram desaparecendo. Isso só pode significar um acréscimo ao estresse a à pressão da vida moderna. Nossos corpos e nossas mentes necessitam de relaxamento, de um período de descanso, e nossos espíritos precisam ser nutridos – têm necessidade de algum tempo dedicado somente à vida espiritual. A falta do sabá pode ser responsável por tantas pessoas ficarem resfriadas e gripadas, pois esta acaba sendo a única maneira delas poderem ter um sabá, uma pausa do Fazer contínuo.
Em muitas partes da America, a única maneira de você dizer que um dia é domingo é pelo fato das praias estarem mais cheias, o jornal de domingo estar nas bancas e haver menos trafego no centro da cidade. Fora isso, é tudo igual. Todas as lojas estão abertas e a maior parte dos serviços está disponível. Sem falar da televisão, que jamais dorme. Se você está sempre com pressa, fazendo isto ou aquilo, correndo atrás de si mesma, quando realmente tem tempo para aquilatar seus sentimentos? Quando tem tempo para refletir sobre o motivo de ter reagido tão violentamente ao comentário de um colega sobre ele detestar animais dentro de casa, sobre a razão do seu marido estar lhe incomodando tanto no momento, sobre odiar vestir vermelho, sobre o simples fato de sua mãe vir almoçar em sua casa lhe encher de pavor? Você pode ter uma ligeira ideia do que essas coisas significam, pode até pô-las de lado e continuar correndo, mas não vai compreende-las e sanar suas dificuldades que existem em sua vida, se não tiver algum tempo de sossego.
Para a mulher, o tempo da lua é a ocasião óbvia do seu ciclo para uma interrupção no Fazer e para ela apenas ficar quieta e Ser, relaxar e sangrar. É um período natural para uma abertura aos domínios espirituais e para efetuar o trabalho de conhecer e compreender o ser que só pode emergir no tempo vazio, tranquilo e sossegado.
Na tradição judaica, o primeiro dia de cada mês (que teria sido o dia da lua nova, antes de adotarmos o calendário solar, e, tradicionalmente, o período da menstruação) é um dia santo para as mulheres, chamado de Rosh Chodesh (inicio do mês). Este feriado está sendo reivindicado por algumas mulheres judaicas. Era uma aceitação ritualizada do desejo das mulheres descansarem quando estão menstruando.
Um período calmo é muito útil, para os problemas de relacionamento, e sentar-se quieta por algumas horas pode realizar maravilhas para se enxergar as coisas de um modo mais claro. Muitas disputas e brigas originam-se de uma descarga de adrenalina, pois muitas pessoas estão continuamente aflitas, lutando contra o trafego para ir ao trabalho, cuidando ao mesmo tempo da família e do emprego – e, alem disso, a televisão está a noite toda gritando na sua frente e você Não Tem Paz.
No mundo euro-ocidental, ficamos tão acostumados a levar esta existência pressionada que muitas esqueceram-se de como se descansa. Parece algo aborrecido, pois crescemos acostumados a um estimulo externo contínuo. Mas há uma vida interior e também uma vida exterior, e essa vida interior – a vida do psiquismo – é muito preciosa e é o manancial da nossa criatividade, de nossa dádiva para o mundo. Finalmente, podemos não produzir nada de grande valor se não alimentarmos essa vida interior. Ela necessita de um período de sossego para crescer e se desenvolver.
Podemos reaprender como estar novamente no ritmo da tranquilidade. Um dia já o soubemos, quando éramos bebês e crianças pequenas e passávamos de surtos de rápida atividade a momentos de tranquilidade e sono, depois retornando à atividade. Precisamos dar um tempo a nós mesmos: tempo para absorver a mudança, tempo para tomarmos conhecimento do que se passa a nossa volta – não levar a vida como uma viagem de turismo com paradas rápidas, em que temos de agarrar o máximo que pudermos antes de sermos lançados fora do trem. Temos de dar a nos mesmo tempo suficiente para estarmos novamente em contato com a tranquilidade, tentando apenas ficar sentados, sossegados. Muitas pessoas têm a experiência de sair de férias e não saber o que fazer consigo mesmas durante os primeiros dias, com todo aquele tempo disponível e não estruturado. Depois de três ou quatro dias recordam-se de como é apenas Ser, e quando estão adorando e desfrutando do seu ócio, já esta na hora de voltar para casa. Se tivéssemos mais tempo ocioso em nossa rotina regular, talvez a vida fosse menos carregada de pressão e mais plena de prazer.
Se encararmos a menstruação como a época natural para o relaxamento e o sossego na vida de uma mulher, podemos começar a reaprender o ritmo de estar em paz conosco mesmas e então começar a colher os benefícios de um relacionamento mais intimo com nossos seres internos.
A menstruação pode ser uma época de profunda sedimentação e contato consigo mesma, quando uma mulher é naturalmente colocada em relação direta com seu centro de gravidade – o seu útero. Por isso, nessa ocasião há realmente uma maior capacidade para o relaxamento – para escutar, para receber a mensagem do cosmo. O conhecimento que nos é disponível durante a menstruação não pode chegar até a nossa consciência se estivermos com pressa de cumprir as exigências de nossas vidas cotidianas.
Ficar tranquilo e voltado para si mesmo são pré requisitos em todas as tradições espirituais para o desenvolvimento da sabedoria. A menstruação é um período natural para as mulheres meditarem e estabelecerem contato interno e externo com o divino. Quando o corpo está tranquilo, a mente também fica tranquila; nesse caso, a sabedoria espiritual que existe em um nível mais profundo da consciência fica liberada para alcançar a superfície do conhecimento.
*Fonte: Seu Sangue é Ouro (pág 105 - 110), de Lara Owen.


sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Lua Vermelha da Menstruação


Na Antigüidade, o ciclo menstrual da mulher seguia as fases lunares com tanta precisão que a gestação era contada por luas. Com o passar dos tempos, a mulher foi se distanciando dessa sintonia e perdendo, assim, o contato com seu próprio ritmo e seu corpo, fato que teve como conseqüência vários desequilíbrios hormonais, emocionais e psíquicos. Para restabelecer essa sincronicidade natural, tão necessária e salutar, a mulher deve se reconectar à Lua, observando a relação entre as fases lunares e seu ciclo menstrual. Compreendendo o ciclo da Lua e a relação com seu ritmo biológico, a mulher contemporânea poderá cooperar com seu corpo, fluindo com os ciclos naturais, curando seus desequilíbrios e fortalecendo sua psique.

Para compreender melhor a energia de seu ciclo menstrual, cada mulher deve criar um Diário da Lua Vermelha, anotando no calendário o início de sua menstruação, a fase da lua, suas mudanças de humor, disposição, nível energético, comportamento social e sexual, preferências, sonhos e outras observações que queira.

Para tirar conclusões sobre o padrão de sua Lua Vermelha, faça essas anotações durante pelo menos três meses, preferencialmente por seis. Após esse tempo, compare as anotações mensais e resuma-as, criando, assim, um guia pessoal de seu ciclo menstrual baseado no padrão lunar. Observe a repetição de emoções, sintonias, percepções e sonhos, fato que vai lhe permitir estar mais consciente de suas reações, podendo evitar, prever ou controlar situações desagradáveis ou desgastantes.

Do ponto de vista mágico, há dois tipos de ciclos menstruais determinados em função da fase lunar em que ocorre a menstruação. Quando a ovulação coincide com a lua cheia e a menstruação com a Lua Negra (acontece nos três dias que antecedem a lua nova, entendido como o quinto dia da lua minguante), a mulher pertence ao Ciclo da Lua Branca. Como o auge da fertilidade ocorre durante a lua cheia, esse tipo de mulher tem melhores condições energéticas para expressar suas energias criativas e nutridoras por meio da procriação.

Quando a ovulação coincide com a lua negra e a menstruação com a lua cheia, a mulher pertence ao Ciclo da Lua Vermelha. Como o auge da fertilidade ocorre durante a fase escura da lua, há um desvio das energias criativas, que são direcionadas ao desenvolvimento interior, em vez do mundo material. Diferente do tipo Lua Branca, que é considerada a boa mãe, a mulher do Ciclo Lua Vermelha é bruxa, maga ou feiticeira, que sabe usar sua energia sexual para fins mágicos e não somente procriativos.

Ambos os ciclos são expressões da energia feminina, nenhum deles sendo melhor ou mais correto que o outro. Ao longo de sua vida, a mulher vai oscilar entre os ciclos Branco e Vermelho, em função de seus objetivos, de suas emoções e ambições ou das circunstâncias ambientais e existenciais.

Além de registrar seus ritmos no Diário da Lua Vermelha, a mulher moderna pode reaprender a vivenciar a sacralidade de seu ciclo menstrual. Para isso, é necessário criar e defender um espaço e um tempo dedicado a si mesma. Sem poder seguir o exemplo das suas ancestrais, que se refugiavam nas Tendas Lunares para um tempo de contemplação e oração, a mulher moderna deve respeitar sua vulnerabilidade e sensibilidade aumentadas durante sua lua. Ela pode diminuir seu ritmo, evitando sobrecargas ao se afastar de pessoas e ambientes carregados, não se expondo ou se desgastando emocionalmente, e procurando encontrar meios naturais para diminuir o desconforto, o cansaço, a tensão ou a agitação.

Com determinação e boa vontade, mesmo no corre-corre cotidiano dos afazeres e obrigações, é possível encontrar seu tempo e espaço sagrados para cuidar de sua mente, de seu corpo e de seu espírito. Meditações, banhos de luz lunar, água lunarizada, contato com seu ventre, sintonia com a deusa regente de sua lua natal ou com as deusas lunares, viagens xamânicas com batidas de tambor, visualizações dos animais de poder, uso de florais ou elixires de gemas contribuem para o restabelecimento do padrão lunar rompido e perdido ao longo dos milênios de supremacia masculina e racional.

O mundo atual - em que a maior parte das mulheres trabalha - ainda tem uma orientação masculina. Para se afastar dessa influência, a mulher moderna deve perscrutar seu interior e encontrar sua verdadeira natureza, refletindo-a em sua interação com o mundo externo.

Texto de Mirella Faur - http://teiadethea.org/?q=node%2F131

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Tempo Matriarcal

Em épocas matriarcais, ser uma mulher era compreendido como algo especial, por causa da habilidade de sangrar sem feridas e sem morte. E, reter seu sangue durante um longo período na gravidez, para produzir uma vida nova! Que presente miraculoso, a perpetuação da espécie. 
Como uma mulher entra na idade da sabedoria, seu sangue sábio foi retido dentro de seu corpo. Esta era considerada uma estadia, o incrível poder da mulher em menopausa. Seu ' sangue sábio '; da vida e as habilidades de desafiar a morte permaneceram dentro de seu corpo para seus únicos uso, finalidade e desejo. Não mais por muito tempo terá que sangrar e nutrir a terra com seu presente de sangue, nem necessita compartilhar de seu corpo para ajudar criar uma vida nova. Reteve todos estes presentes e poder para seu próprio uso. Isto fez-lhe uma figura de incrível poder, com muitas dádivas especiais, bênçãos para compartilhar com seus povos. Com o advento do conhecimento científico, a menstruação, a gravidez, o nascimento e a menopausa têm sido reduzidos, às vezes, às condições médicas e, em outras vezes,emergências médicas. 
Freqüentemente, por causa do conhecimento e da terminologia científica, a mágica, a beleza, o poder e a sabedoria do menstruação, da gravidez, do nascimento e da menopausa foram perdidos e negligenciados no mundo. Com uma mudança do pensamento e do sentimento nós podemos recuperar e honrar nossos corpos para toda a magia, divertimento, e amor se tivermos o coração para fazer exame mais próximo na verdade de quem nós somos realmente em comparação às ordens, aos pensamentos e às opiniões de outros. Boas vindas na fase da mulher do sangue sábio. 
A transição para a menopausa pode ser um momento do apreensão e incerteza de nos mesmos, nossos corpos e de nosso futuro. Pode ser um momento reduzido a uma condição médica que possa requerer atenção . Pode ser um momento experimentado como uma elevação emocional através das mudanças em níveis hormonais. Pode ser reduzido a um momento da inconveniência e do desespero para outro e para si. 
A menopausa pode ser experimentado como um dos divertimentos dos tempos emocionantes da vida. É um momento para escolhas. É um momento para a mulher, para ela mesma , suas necessidades, desejos, experiências, liberdade . Tudo isto pode ser inesperado e oprimindo dependendo como uma mulher aprende, e as experiências, as escolhas novas e diferentes a essas. A menopausa é um momento de grande mudança. É importante fazer exame do espaço sagrado para descobrir nossas possibilidades e nossos potenciais e para curar e liberar isso que nós requeremos, não por muito tempo. Isto permitirá a nos movermos com mais facilidade e finalidade no presente, e assim determinar o futuro, nosso futuro. 
O futuro das filhas e as possibilidades gloriosas que estão disponíveis à mulher. Reflexões : 
Que eu quero? 
Que terapias alternativas estão disponíveis a mim se eu estiver experimentando sintomas? 
Que pode me ensinar estes sintomas ? 
Eu honrei ou honro meus ciclos? 
Eu respeito-me? 
Como eu sinto sobre minha fertilidade ou a perda da fertilidade? 
Como eu sinto sobre minha menstruação ? 
Como eu sinto como uma mulher? 
O faço espiritualmente enquanto eu me aproximo da menopausa.
Eu penso que estou no momento de sabedoria? 
Eu penso que meu sangue é sábio? 
É muito importante ter a informação sobre nossos corpos, a maneira que trabalham, as mudanças a que todos nós vamos completando, porque nós crescemos e nos tornamos. Compreendendo o que nós queremos ou necessitamos, nossas escolhas, nossos corpos, nossas vidas. 



Fonte: Texto de Arielle Kaph

Aplicativos para Medir os Ciclos

Para aquelas que medem os seus ciclos e gostam de tecnologias assim como eu, possuem celular ou tablet com sistema android, existem aplicativos bem interessantes que nos ajudam a ficar ligadas em nossos ciclos.



Eu uso o Magic Day, você insere a data da menstruação e a quantidade de dias que dura seu ciclo em geral e a duração dele (28, 29 ou 30 dias), ele calcula os dias férteis, a TPM, e o dia do próximo ciclo, você pode adicionar o dia da pilula e de relações sexuais.
Sim... eu amo tecnologia!


Outros aplicativos para android:

Calendário WomanLog Plus 4,84 e versão Lite gratuita.

Pink Pad Free Plus 5,44 e versão Lite gratuita.

Period Tracker Deluxe 3,62, versão Lite gratuito.

My Days, Period & Ovulation, gratuito.


Menstrual Calendar, gratuito.


Calendário da mulher, gratuito.

OvuView, gratuito.

*Eu uso Magic Day e WomanLog nos meus aparelhos. E minha opinião pessoal, o WomanLog na versão completa (paga) dá recursos como fase lútea,  alteração de peso e dá a opção para mulheres que engravidam.

Mas se você quer somente um aplicativo que te deixe por dentro do seu ciclo, o Magic Day é bem simples de mexer e entender.

Espero que vocês encontrem um aplicativo que lhes agrade.
Abraços.

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Menstruação e Identidade Feminina

"A Lua natal mostra a auto-imagem das mulheres. A menstruação está conectada com a auto-imagem porque o ciclo mensal deixa claramente marcadas as fases da vida de uma mulher, desde a menarca até a menopausa.
Durante os trânsitos dos planetas exteriores para Câncer, a média de idade da primeira menstruação caiu dos 14 anos para os 12 e meio, ao passo que a menopausa foi adiada. Em épocas anteriores, nossa história reprodutiva deve ter sido muito mais próxima dos aspectos da Lua progredida para sua posição natal. Usando o método de um dia por ano, o ciclo lunar de 28 dias se transforma num ciclo anual de 28 anos. As divisões em quartos correspondem a 7, 14, 21 e 28 anos, com uma nova fase a cada 7 anos depois disso. Essas fases correspondem a mudanças em áreas lunares da vida.
A idade mais baixa para a menarca talvez não pareça importante diante disso. Entretanto, uma mulher de 14 anos está mais bem equipada do que uma de 12 para lidar com o desenvolvimento dos seios, o aumento dos hormônios e a atenção sexual que a puberdade traz. Anos antes de terem maturidade para serem mães, as meninas já estão capacitadas a tanto. Já não é incomum que meninas de 11 e 12 anos sejam levadas a clínicas de aborto, e existe uma epidemia de gravidez adolescente. Pais que "resolvem" o problema da sexualidade da adolescente fazendo-a tomar pílula, colocam em perigo o equilíbrio hormonal da filha, que é bastante delicado nessa idade. A dose extra de hormônios contribui para a perturbação emocional da adolescente. Os homens não fazem uma entrada tão bem definida na condição masculina, mas para as mulheres a primeira menstruação ou menarca é o rito de passagem para a condição feminina. Até que comece a menstruar, a garotinha talvez não se identifique plenamente com a mulher adulta. O começo da menstruação é o primeiro limiar lunar importante e prepara o cenário para todos os outros que se seguem. Nossas experiências naquele momento crucial dão o colorido às percepções de feminilidade. A partir das reações dos adultos significativos, descobrimos se essa parte de nós é suja ou natural. Aprendemos se é uma coisa positiva a ser celebrada ou uma coisa vergonhosa a ser escondida. Costumes como o tapa na cara, entre os judeus, na primeira menstruação, comunicam mensagens sobre o significado de ser mulher. Contraste-se o fato com as celebrações de um dia ou uma semana de duração, feitas para a primeira menstruação das meninas em muitas culturas nativas. (Na falta de ritos de puberdade culturalmente sancionados,talvez a gravidez na adolescência tenha a intenção de ser parcialmente uma espécie de rito de passagem — como uma afirmação "no meio da cara" de que "agora eu sou uma mulher".) Se você quiser estabelecer um ritual para sua filha ou qualquer outra garota, o livro de Marcia Starck, Women's Medicine Ways, está cheio de exemplos e dicas de outras culturas.
Cada menstruação pode trazer para a mulher heterossexualmente ativa um momento de alívio ou de desolação por não ter engravidado ainda. Muitas de nós têm medos e anseios primitivos quanto à nossa fertilidade, usando-a até certo ponto para decidir se somos ou não "mulheres de verdade". As mulheres que estão na menopausa ou sofreram uma histerectomia muitas vezes têm sentimentos intensos em relação a essa mudança, inclusive o medo de que estejam perdendo a feminilidade. Nossa identidade feminina e senso de autovalorização estão ligados a essas funções, independentemente de nossas capacidades e realizações. Não importa quão liberadas ou instruídas sejamos, elas continuam a ter mistério e poder. São muito intensas as emoções que temos em relação às panes do corpo que mais claramente nos definem como mulheres — os seios e o útero. Esses órgãos regidos pela Lua podem despertar sentimentos de inadequação, medo ou vergonha. Os homens também reagem intensamente a eles."


Fonte:  A Lua na sua vida - O Poder Mágico e a Influencias sobre as mulheres -  Donna Cunningham

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Ciclo Menstrual e Ovariano

Para vivenciar os Ciclos é essencial que o conheçamos biologicamente, quimicamente, isso é parte do processo de reconexão com o Sagrado que reside em nós.
Abaixo um excelente texto para explicar melhor o que acontece dentro de nós mulheres todos os meses. 

"O ciclo menstrual é determinado por dois ciclos: o ciclo OVARIANO e o ciclo MENSTRUAL.
O típico ciclo menstrual mensal é influenciado pela maturação do folículo, pela ovulação e formação do corpo lúteo, sendo finalizado pelo sangramento menstrual. As mudanças ocorridas no útero dependem das mudanças ocorridas simultaneamente, nos ovários. O ciclo menstrual divide-se em três fases: menstrual, proliferativa e secretora;
Já o ciclo ovariano tem duas fases: a fase pré-ovulatória ou folicular e a fase pós-ovulatória ou lútea; Durante a fase folicular (1°ao14°dia – em um ciclo de 28 dias) ocorre o desenvolvimento do folículo ovariano. Dos 400.000 folículos primários presentes nos ovários desde o nascimento, na puberdade começam a amadurecer mensalmente e, somente de 300 a 400 deles irão desenvolver-se plenamente durante o período reprodutivo da mulher.
O desenvolvimento do folículo é influenciado pelo Hormônio Folículo-estimulante (FSH), produzido pela hipófise anterior ou adeno-hipófise, cuja função é transformar o folículo primário em Folículo de Graaf e estimulá-lo a produzir estrógeno, que por sua vez estimula o espessamento do endométrio, fluidifica o muco cervical, alcaliniza o pH vaginal e estimula o peristaltismo das tubas uterinas. Os altos níveis de estrógeno produzido pelo Folículo de Graaf estimula a liberação do Hormônio Luteinizante (LH) pela hipófise anterior. O LH rompe a parede do folículo e libera o óvulo, ocorrendo a ovulação, aí começa a fase pós-ovulatória ou lútea.
A ovulação, normalmente, ocorre 14 dias do primeiro dia do fluxo menstrual, assim em um ciclo de 28 dias, ocorreu no 14º dia do ciclo, e num ciclo de 30 dias ocorreu no 16º dia do ciclo.
A fase lútea inicia-se logo após a ovulação, do 15° ao 28° dia em um ciclo menstrual de 28 dias. Depois da ruptura do folículo de Graaf e da liberação do óvulo, as células do folículo vazio aumentam e transformam-se no corpo lúteo ou corpo amarelo. Influenciado pelo LH, o corpo lúteo começa a produzir quantidades maiores de estrógeno e de progesterona.
Se a fertilização do óvulo acontecer o corpo lúteo se mantém por 3 meses produzindo estrógeno e progesterona. Se não ocorrer, os níveis de LH diminuem, levando a degeneração do corpo lúteo. Sem a influência do LH o corpo lúteo transforma-se em cicatriz na superfície do ovário, denominado corpo albicans.
Não ocorrendo fecundação, o corpo lúteo regride, resultando na queda dos níveis de estrógeno e progesterona. Ocorre a ruptura dos vasos sanguíneos e a constrição de artérias, causando uma deficiência no suprimento sanguíneo na região. Formam-se pequenos coágulos de sangue que rompem a superfície do endométrio iniciando uma nova fase menstrual.
RESUMINDO: A partir da puberdade, uma glândula hipófise, secreta o hormônio folículo estimulante FSH, que prepara alguns folículos (oócitos primários) para o amadurecimento (oócito secundário – óvulo), até que haja seu desprendimento do ovário - ovulação. Os folículos em amadurecimento estimulam a produção de outro hormônio chamado estrogênio, que ativa o desenvolvimento de uma camada espessa do útero (endométrio), no ciclo menstrual. Depois de duas semanas, a hipófise secreta o hormônio luteinizante, fazendo que o óvulo mais maduro se desprenda do folículo. No ovário fica uma “cicatriz” chamada de corpo lúteo. O corpo lúteo começa a produzir progesterona e estrogênio. Ambos os hormônios garantem o crescimento da camada espessa no útero para alimentar o embrião, que caso não exista, é expelida em forma de menstruação. No período ovulatório o muco cervical fica mais abundante, alcalino e fluido à medida que o nível de estrógeno aumenta, é quando pode aparecer uma secreção vaginal transparente, na forma de corrimento isolado, porém sem cheiro e com a consistência de “clara de ovo”. Este é o período fértil. Durante a fase secretora (15°ao28°dia – do ciclo menstrual), o estrógeno é secretado, mas a fase é dominada pela secreção de progesterona que finaliza o espessamento do endométrio e inibe as contrações uterinas. As glândulas endometriais secretam glicogênio a espera do ovo fertilizado (para que possa nutrir o futuro embrião). Quando não ocorre a fecundação a superfície do endométrio se rompe em pequenos coágulos iniciando uma nova fase menstrual."



*Para entender melhor a dança hormonal leia "A Inteligência Hormonal da Mulher" do Dr. Eliezer Berestein.

Bênçãos.

Fonte: Resumo de Diversos Documentos do Acervo Pessoal.