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segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Ervas que Curam as Mulheres

*Uma parte deste texto foi escrito originalmente e publicado no Jornal Virtual Voo Nortuno há alguns anos com o nome de "A Lua Vermelha e o Uso das Ervas", foi reeditado, decidi criar um mix de informações depois de ter postado hoje mais cedo uma imagem sobre Fitoterapia, na nossa page, e uma das seguidoras comentar: "Seria legal uma matéria sobre como usar".
Algumas informações gerais:
- Chás são sempre mais indicados pra efeito mais rápido, principalmente no combate à cólicas.
- Temperos e Tinturas são muito eficazes em tratamentos à longo prazo.
- Para enxaquecas e enjoos, a aromaterapia também tem um excelente resultado, utilize sempre óleos essenciais de boa qualidade.
- Banhos de Assentos devem ser feitos com água bem fervida e em bacia previamente esterilizada.
- Em todos os casos, busque sempre comprar Ervas de qualidade, em fornecedor de confiança, com certificação da Anvisa, lembrando de verificar a data de validade e o aspecto delas (se estiverem muito esbranquiçadas, corre o risco de estarem mofadas, contendo fungos, que só irão prejudicar sua saúde). Não usem ervas com aspecto duvidoso, em altas dosagens e o mais importante, em caso de permanência dos sintomas, procure um médico.*



Escolhi falar de outra combinação que aprendi nesses anos de pratica da magia natural, o uso medicinal de ervas durante a menstruação.
Comecei com esses estudos por conta de meu grande interesse no movimento do Ecofeminismo, estudar e entender o fenômeno do Sagrado Feminino.
E então passei a entender os Mistérios do Sangue, o poder que a mulher tem em seu fluxo, os motivos pelos quais hoje a mulher tem tantas disfunções durante sua Lua Vermelha (dias de sua menstruação) em parte vem de seu total desligamento das praticas sagradas de conexão com a Terra, e o não uso da natureza em seus tratamentos.
Fora toda a loucura em que se vive nessa tal “modernidade” que trouxe tantos prejuízos para a saúde em geral, não só de mulheres, mas homens também.
E depois como Sacerdotisa e Re-consagradora de Ventres, iniciada por uma outra Sacerdotisa, fui aprendendo ainda mais a ouvir o espírito das plantas... como na canção...

“... O espírito das plantas veio á mim...

Na forma de uma verde donzela que dança...” – Lisa Thiel.

E aqui aproveito para relembrar nossas Ancestrais (Avós, Bisavós...) que herdaram de vossas mães a sabedoria milenar da arte de curar através dos Chás, Beberagens, Infusões, Filtros, Licores e que muitas vezes tentaram passar isso para as nossas Mães, e até mesmo á nós, e no momento estávamos ocupadas demais para prestar atenção nessa “besteira” de chás de ervas.
Eu fui uma garota de sorte, minha avó é uma mulher de medicina, me ensinou algumas práticas importantes, muito antes de se quer que eu precisar delas, como procedimentos para uma Menopausa saudável.
As ervas que citei abaixo em sua grande maioria já são velhas conhecidas nossas, mas preferi usar um material confiável como fonte.

Algumas ervas e seus efeitos no ciclo menstrual:

Sálvia (salvia officinalis)
- Equilibra o ciclo reprodutivo feminino
- Correção de fluxo irregular
- Contra Corrimento 
- Contra a frigidez
- Trata os sintomas da menopausa
- Alivia a irritação, cura a depressão e ameniza as alterações bruscas de humor
- Alivia cólicas menstruais.

Angélica ( Angelica sinensis)
- Equilibra o fluxo menstrual e estimula a fertilidade.
- Alivia menstruações dolorosas e cólicas
- Alivia os sintomas da TPM.
*Por sua ação vasodilatadora e ativadora do sangue, não deve ser usada se as menstruações apresentarem um fluxo forte.

Gengibre (Zingiber officinale)
- Alivia as cólicas menstruais.
- Estimula o fluxo menstrual.
- Enjoos e náuseas da gravidez
- Estimula a circulação, especialmente para quem tem mãos e pés frios (escalda pés)

Ginseng (Panax Ginseng, Panax quinquefolium, Eleutherococcus senticosus)
- Alivia o estresse e diminui a tensão
- Diminui a depressão e a ansiedade.
- Restabelece o ritmo natural do ciclo menstrual.
- Reduz o fluxo menstrual excessivo.

Pé de Leão (Alchemilla vulgaris)
- Controla o fluxo excessivo.
- Regula os ciclos menstruais.
- Promove a fertilidade.
- Tonifica e fortalece o útero e os ovários.

Uva – Ursina (Arctosphylos uva ursi)
-Tem forte ação diurética, reduzindo o inchaço associado à TPM.
*Evitar grandes dosagens e uso prolongado, só pode ser usada na gravidez sob supervisão médica.

Valeriana (Valeriana officinalis)
- Induz ao estado de calmaria e tranqüilidade.
- Reduz a ansiedade.
- Alivia os sintomas da TPM.

Camomila (Matricaria recutita):
- Controla a ansiedade.
- Diminuição das cólicas menstruais,
- Combate o envelhecimento precoce,
- Trata distúrbios da menopausa.

Artemísia (Artemisia vulgaris):
- Diminuição das cólicas menstruais,
- Fluxo menstrual irregular,
- Tratar a TPM,
- Previne câncer de mama.

Manjerona (Origanum majorona):
- Contra insônia e dor de cabeça
- Corrimento
- Diminuição das cólicas menstruais
- Tratamento de fluxo escasso

Capim Limão (Cymbopogon citratus):
- Diminuição do inchaço do corpo
- Combate as dor de cabeça
- Galatagogo (ajuda no aumento do leite materno)
- Estimulante da Linfa. (Um fluído semelhante ao Sangue, é responsável pela eliminação de impurezas que as células produzem durante seu metabolismo).

A maior parte das informações aqui contidas estão presentes no livro: "A Casa da Lua - Resgatando o Espírito Feminino da Cura" - de Jason Elias e Katherine Ketcham, Ed.Objetiva.
Para outras ervas, e muitas receitas para diversos temas ligados ao Feminino, eu recomendo o “Guia Feminino de Saúde e Beleza” – de Maribeth Riggs, Ed.Angra.
Um cantinho que sempre me tira duvidas e me inspira é o blog da minha querida amiga, Danielle Sales, o "Mulher Verde", super recomendo pra quem ama o assunto.

Abaixo segue a imagem que inspirou a existência do texto, que foi publicada originalmente na Page "Matricaria - Guia Virtual de ecologia feminina"


Bênçãos Verdes ^ ^

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Quando o Corpo Fala

Nossos ciclos refletem nossa realidade, somatizam nossas experiências e trazem a tona tudo aquilo que muitas vezes tentamos omitir ou renegar, quando sangramos, entramos numa vibração energética diferenciada, como se colocassem uma lente de aumento sobre nossos sentimentos, emoções, projeções.
Nossa sensibilidade nos dias que antecedem a menstruação, muitas vezes por não ser observada, e tratada de maneira adequada se transforma em agressividade, irritação, inquietação.
E as cólicas menstruais, quando não existem complicações fisiológicas atestadas por um médico, são na maioria das vezes a somatização do estresse vivido durante o ciclo.
Digo isso pela minha própria experiência, quando tenho um mês mais tranquilo, menos estressante, o fluxo é tranquilo, sem nenhuma dor, nem mesmo a irritação ou mau humor típico da TPM me abate.
Mês passado foi um exemplo disso, conduzi um grupo de mulheres na "Bênção do Útero" promovida em sintonia com Miranda, pelo mundo inteiro, a sintonia foi tão maravilhosa que revigorou minhas energias, antecipou em 2 dias meu ciclo, sem dor, sem irritação, só o fluir.
Dediquei todo o sangue desse ciclo pra salvar meu pé de Guaco que pela falta de umidade do ar, estava muito maltratado (15 dias depois, tive uma gripe forte, e ele me cedeu folhas para um chá, que ajudaram no meu restabelecimento). Além dessa gripe, muito estresse, muita chateação, decepção, nervosismo por conta de muitos compromissos assumidos e problemas pessoais de difícil dissolução, somados a ansiedade do aniversário cada vez mais próximo, me transformaram numa bomba de nitroglicerina.
Meu ciclo atrasou 2 dias, foram 2 dias de mau estar, irritação, insônia, perda de apetite, enxaquecas, cólicas, que foram amenizados cada hora de um jeito, através de Aromaterapia (Lavanda e Erva Doce), Chá de Orégano, Funcho e Camomila, Cristaloterapia com Pedra da Lua, Azeviche e Coral - muita paciência? 
Algumas mulheres certamente iriam preferir tomar um BuscoFem, um Atroveran, ou algum outro remédio contra os sintomas, ao invés de parar, meditar e refletir nas causas que levaram o seu corpo a se comportar dessa forma, lhe fazendo sofrer dores e incômodos.
Hoje acordei as 6h da manhã como de costume, pra ajudar a Isa (minha filha de 10 anos) à se preparar pra ir à escola, depois de 3h mal dormidas por conta da agitação e irritação, me sentia um caco, e já exausta, quase apelando á uma tintura de ervas pra que o fluxo enfim descesse e acabasse esse mau estar.
Depois que minha filha saiu pra escola, me sentei confortavelmente, respirei fundo algumas vezes e conversei com meu útero, e com meu corpo, pedi perdão por todo estresse, falta de paciência, agressão que impus durante esse mês, os excessos cometidos de maneira completamente desnecessária, coloquei uma música gostosa e deitei, fiquei quietinha comigo mesma por umas 2h. 
E então o fluxo veio, sem que eu precisasse recorrer a tintura, fazendo com que a enxaqueca sumisse, o humor melhorasse, e as cólicas gradativamente também diminuíssem. Tenho certeza, que se não fosse essa "conversa" que tive comigo mesma, essa consciência plena do que estava errado, eu teria sofrido quantos dias mais fossem necessários.
"Todo poder, requer grandes responsabilidades." - "Conhecimento é poder." - Quanto mais você estuda, mais acumula "sabedoria", se você não à coloca em prática, o Universo criará oportunidades para você exercer seus Dons e seu Conhecimento, e isso se aplica em tudo.
Meu corpo é meu templo. Abriga meu espírito em evolução nessa Jornada hoje. Me foi concedido e confiado, assim como a Terra que habito e que merece todo o meu cuidado e amor, ambos (eu e a Terra) devemos coexistir em harmonia, respeito mútuo - exemplo disso; eu cuidei do Guaco, e ele cuidou de mim. 
Esse ciclo, esses 2 dias de angustia no fim serviram como inspiração pra esse post, me ajudaram à repensar posturas emocionais e práticas que devem ser reorganizadas com urgência, para que eu tenha um próximo ciclo mais tranquilo. E por fim, não acredito em coincidências. Meu aniversário será na madrugada de sábado pra domingo, o atraso do fluxo, o estenderá até domingo. Aniversariar é morrer e renascer. Menstruar é morrer e renascer. Não lembro a última vez que menstruei em um aniversário meu, ou seja, tava na hora de adquirir mais uma experiência pra essa caminhada..
Isso me forçará a comemorar o aniversário de maneira menos exposta, mais tranquila, dentro da vibração que meu coração sentiu necessidade na madrugada do dia 07 para o dia 08. Nosso corpo ouve nossos segredos mais íntimos e indizíveis, e dará exatamente aquilo que desejamos de acordo com a nossa vontade, então, cuidado com o que deseja pra você mesma também.
E que venham outras Luas Vermelhas neste novo ciclo, cheios de insights e experiências abençoadas pela a Senhora de Tudo.
Com sono, cansada, mas com um desejo imenso de compartilhar tudo o que vivi;
Babi.


quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Visões de Sangue

O sinal vermelho que as mulheres hindus pintam no seu terceiro olho é um símbolo do sangue menstrual. Originalmente, as mulheres pintavam o seu terceiro olho com o própria sangue menstrual e a magia do sangue abria o sexto chacra (centro energético associado a visão espiritual e psíquica).
O aspecto visionário da menstruação esta claramente invocado por esta prática. O sangue transporta-o até as células do corpo e por isso o sangue contem o conhecimento do código genético (ADN). O código genético e a linhagem familiar estão contidos na corrente sanguínea. Cada célula do corpo é um microcosmo do todo.
Quando pintamos o nosso terceiro olho com o nosso sangue, abrimo-nos ao conhecimento oculto de este código genético. Esta informação inclui um profundo conhecimento ancestral e pode trazer uma compreensão dos nossos próprios padrões familiares e os do gênero humano.
Todos trazemos dentro o conhecimento de todas as gerações de seres humanos que existiram. Oculta neste código genético há uma massa de informação reunida através da história. Ocasionalmente, a informação fica adormecida e as vezes deseja aflorar de novo. Estamos vivendo uma época em que o conhecimento da terra e da mulher, esta regressando a consciência coletiva e através do nosso sangue podemos entrar nela.
A próxima vez que sangrar, tente se relacionar conscientemente com o seu sangue. Tente pintar um pequeno ponto vermelho entre os teus olhos e observa como o conhecimento da terra e dos teus ancestrais flui até a tua consciência. 

*Seu Sangue é Ouro - Lara Owen

domingo, 17 de agosto de 2014

A Menstruação como um Sabá

A antiga palavra babilônica correspondente a sabá, sabbatu, vem de Sabat e significa “repouso do coração”. Na Babilônia, era um dia de descanso, quando constava que a Deusa Ishtar estava menstruando. Nesse dia, todos eram proibidos de viajar, de trabalhar e de comer alimentos cozidos – do mesmo modo que, em muitas culturas, ocorria para mulheres menstruadas. As tabuas cuneiformes da quarta dinastia de Ur, datadas do terceiro milênio a.C., relatam-nos que, na Suméria, os períodos da lua nova e da lua cheia eram devotados ao cumprimento de rituais.
Do mesmo modo, o sabá dos judeus originalmente tinha lugar na lua nova e na lua cheia; foi mais tarde estendido a cada quarto da lua. Estes dias muito remotos de repouso, vinculados à lua e à menstruação, foram a origem do moderno sabá judeu e do domingo cristão.
Atualmente, poucas pessoas dedicam-se, pelo menos um dia por mês, a realmente descansar. Em geral, a cultura euro-ocidental é obcecada pelo modo de vida Ativo. Só valorizamos a nós mesmos se estivermos fazendo alguma coisa, considerando as pessoas que não fazem muita coisa membros menos validos da sociedade. Somos orientados para a produtividade e para o acumulo de riquezas e posses, e não para o acumulo de sabedoria, força espiritual e autoconhecimento.
Esse fazer contínuo não conduz à felicidade ou ao bem-estar. Todos conhecemos o alivio de estar de férias e não ter de Fazer Nada. Obviamente, se todos nós puséssemos de lado nossos instrumentos de trabalho e decidíssemos apenas Ser, isto iria desequilibrar a outra direção, mas talvez pudéssemos ter um pouco mais de tranquilidade e menos pressão em nossas vidas. Com isso, não estou pensando em nos sentarmos diante da televisão e assistirmos as pessoas matando umas às outras e enganando seus cônjuges. Estou pensando, em vez disso, em nos sentarmos diante de uma arvore ou de um lago ou do mar, e apenas Ser.
Sem duvida, era bastante valida a antiga ideia do Sabá: um período de descanso, sem trabalho, dedicado à oração e à contemplação. À medida que a Era industrial inventava o vapor, energizado pela ética do trabalho protestante, o sabá ia caindo no desagrado e os velhos tabus proibindo o trabalho em um dos dias da semana foram desaparecendo. Isso só pode significar um acréscimo ao estresse a à pressão da vida moderna. Nossos corpos e nossas mentes necessitam de relaxamento, de um período de descanso, e nossos espíritos precisam ser nutridos – têm necessidade de algum tempo dedicado somente à vida espiritual. A falta do sabá pode ser responsável por tantas pessoas ficarem resfriadas e gripadas, pois esta acaba sendo a única maneira delas poderem ter um sabá, uma pausa do Fazer contínuo.
Em muitas partes da America, a única maneira de você dizer que um dia é domingo é pelo fato das praias estarem mais cheias, o jornal de domingo estar nas bancas e haver menos trafego no centro da cidade. Fora isso, é tudo igual. Todas as lojas estão abertas e a maior parte dos serviços está disponível. Sem falar da televisão, que jamais dorme. Se você está sempre com pressa, fazendo isto ou aquilo, correndo atrás de si mesma, quando realmente tem tempo para aquilatar seus sentimentos? Quando tem tempo para refletir sobre o motivo de ter reagido tão violentamente ao comentário de um colega sobre ele detestar animais dentro de casa, sobre a razão do seu marido estar lhe incomodando tanto no momento, sobre odiar vestir vermelho, sobre o simples fato de sua mãe vir almoçar em sua casa lhe encher de pavor? Você pode ter uma ligeira ideia do que essas coisas significam, pode até pô-las de lado e continuar correndo, mas não vai compreende-las e sanar suas dificuldades que existem em sua vida, se não tiver algum tempo de sossego.
Para a mulher, o tempo da lua é a ocasião óbvia do seu ciclo para uma interrupção no Fazer e para ela apenas ficar quieta e Ser, relaxar e sangrar. É um período natural para uma abertura aos domínios espirituais e para efetuar o trabalho de conhecer e compreender o ser que só pode emergir no tempo vazio, tranquilo e sossegado.
Na tradição judaica, o primeiro dia de cada mês (que teria sido o dia da lua nova, antes de adotarmos o calendário solar, e, tradicionalmente, o período da menstruação) é um dia santo para as mulheres, chamado de Rosh Chodesh (inicio do mês). Este feriado está sendo reivindicado por algumas mulheres judaicas. Era uma aceitação ritualizada do desejo das mulheres descansarem quando estão menstruando.
Um período calmo é muito útil, para os problemas de relacionamento, e sentar-se quieta por algumas horas pode realizar maravilhas para se enxergar as coisas de um modo mais claro. Muitas disputas e brigas originam-se de uma descarga de adrenalina, pois muitas pessoas estão continuamente aflitas, lutando contra o trafego para ir ao trabalho, cuidando ao mesmo tempo da família e do emprego – e, alem disso, a televisão está a noite toda gritando na sua frente e você Não Tem Paz.
No mundo euro-ocidental, ficamos tão acostumados a levar esta existência pressionada que muitas esqueceram-se de como se descansa. Parece algo aborrecido, pois crescemos acostumados a um estimulo externo contínuo. Mas há uma vida interior e também uma vida exterior, e essa vida interior – a vida do psiquismo – é muito preciosa e é o manancial da nossa criatividade, de nossa dádiva para o mundo. Finalmente, podemos não produzir nada de grande valor se não alimentarmos essa vida interior. Ela necessita de um período de sossego para crescer e se desenvolver.
Podemos reaprender como estar novamente no ritmo da tranquilidade. Um dia já o soubemos, quando éramos bebês e crianças pequenas e passávamos de surtos de rápida atividade a momentos de tranquilidade e sono, depois retornando à atividade. Precisamos dar um tempo a nós mesmos: tempo para absorver a mudança, tempo para tomarmos conhecimento do que se passa a nossa volta – não levar a vida como uma viagem de turismo com paradas rápidas, em que temos de agarrar o máximo que pudermos antes de sermos lançados fora do trem. Temos de dar a nos mesmo tempo suficiente para estarmos novamente em contato com a tranquilidade, tentando apenas ficar sentados, sossegados. Muitas pessoas têm a experiência de sair de férias e não saber o que fazer consigo mesmas durante os primeiros dias, com todo aquele tempo disponível e não estruturado. Depois de três ou quatro dias recordam-se de como é apenas Ser, e quando estão adorando e desfrutando do seu ócio, já esta na hora de voltar para casa. Se tivéssemos mais tempo ocioso em nossa rotina regular, talvez a vida fosse menos carregada de pressão e mais plena de prazer.
Se encararmos a menstruação como a época natural para o relaxamento e o sossego na vida de uma mulher, podemos começar a reaprender o ritmo de estar em paz conosco mesmas e então começar a colher os benefícios de um relacionamento mais intimo com nossos seres internos.
A menstruação pode ser uma época de profunda sedimentação e contato consigo mesma, quando uma mulher é naturalmente colocada em relação direta com seu centro de gravidade – o seu útero. Por isso, nessa ocasião há realmente uma maior capacidade para o relaxamento – para escutar, para receber a mensagem do cosmo. O conhecimento que nos é disponível durante a menstruação não pode chegar até a nossa consciência se estivermos com pressa de cumprir as exigências de nossas vidas cotidianas.
Ficar tranquilo e voltado para si mesmo são pré requisitos em todas as tradições espirituais para o desenvolvimento da sabedoria. A menstruação é um período natural para as mulheres meditarem e estabelecerem contato interno e externo com o divino. Quando o corpo está tranquilo, a mente também fica tranquila; nesse caso, a sabedoria espiritual que existe em um nível mais profundo da consciência fica liberada para alcançar a superfície do conhecimento.
*Fonte: Seu Sangue é Ouro (pág 105 - 110), de Lara Owen.


sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Lua Vermelha da Menstruação


Na Antigüidade, o ciclo menstrual da mulher seguia as fases lunares com tanta precisão que a gestação era contada por luas. Com o passar dos tempos, a mulher foi se distanciando dessa sintonia e perdendo, assim, o contato com seu próprio ritmo e seu corpo, fato que teve como conseqüência vários desequilíbrios hormonais, emocionais e psíquicos. Para restabelecer essa sincronicidade natural, tão necessária e salutar, a mulher deve se reconectar à Lua, observando a relação entre as fases lunares e seu ciclo menstrual. Compreendendo o ciclo da Lua e a relação com seu ritmo biológico, a mulher contemporânea poderá cooperar com seu corpo, fluindo com os ciclos naturais, curando seus desequilíbrios e fortalecendo sua psique.

Para compreender melhor a energia de seu ciclo menstrual, cada mulher deve criar um Diário da Lua Vermelha, anotando no calendário o início de sua menstruação, a fase da lua, suas mudanças de humor, disposição, nível energético, comportamento social e sexual, preferências, sonhos e outras observações que queira.

Para tirar conclusões sobre o padrão de sua Lua Vermelha, faça essas anotações durante pelo menos três meses, preferencialmente por seis. Após esse tempo, compare as anotações mensais e resuma-as, criando, assim, um guia pessoal de seu ciclo menstrual baseado no padrão lunar. Observe a repetição de emoções, sintonias, percepções e sonhos, fato que vai lhe permitir estar mais consciente de suas reações, podendo evitar, prever ou controlar situações desagradáveis ou desgastantes.

Do ponto de vista mágico, há dois tipos de ciclos menstruais determinados em função da fase lunar em que ocorre a menstruação. Quando a ovulação coincide com a lua cheia e a menstruação com a Lua Negra (acontece nos três dias que antecedem a lua nova, entendido como o quinto dia da lua minguante), a mulher pertence ao Ciclo da Lua Branca. Como o auge da fertilidade ocorre durante a lua cheia, esse tipo de mulher tem melhores condições energéticas para expressar suas energias criativas e nutridoras por meio da procriação.

Quando a ovulação coincide com a lua negra e a menstruação com a lua cheia, a mulher pertence ao Ciclo da Lua Vermelha. Como o auge da fertilidade ocorre durante a fase escura da lua, há um desvio das energias criativas, que são direcionadas ao desenvolvimento interior, em vez do mundo material. Diferente do tipo Lua Branca, que é considerada a boa mãe, a mulher do Ciclo Lua Vermelha é bruxa, maga ou feiticeira, que sabe usar sua energia sexual para fins mágicos e não somente procriativos.

Ambos os ciclos são expressões da energia feminina, nenhum deles sendo melhor ou mais correto que o outro. Ao longo de sua vida, a mulher vai oscilar entre os ciclos Branco e Vermelho, em função de seus objetivos, de suas emoções e ambições ou das circunstâncias ambientais e existenciais.

Além de registrar seus ritmos no Diário da Lua Vermelha, a mulher moderna pode reaprender a vivenciar a sacralidade de seu ciclo menstrual. Para isso, é necessário criar e defender um espaço e um tempo dedicado a si mesma. Sem poder seguir o exemplo das suas ancestrais, que se refugiavam nas Tendas Lunares para um tempo de contemplação e oração, a mulher moderna deve respeitar sua vulnerabilidade e sensibilidade aumentadas durante sua lua. Ela pode diminuir seu ritmo, evitando sobrecargas ao se afastar de pessoas e ambientes carregados, não se expondo ou se desgastando emocionalmente, e procurando encontrar meios naturais para diminuir o desconforto, o cansaço, a tensão ou a agitação.

Com determinação e boa vontade, mesmo no corre-corre cotidiano dos afazeres e obrigações, é possível encontrar seu tempo e espaço sagrados para cuidar de sua mente, de seu corpo e de seu espírito. Meditações, banhos de luz lunar, água lunarizada, contato com seu ventre, sintonia com a deusa regente de sua lua natal ou com as deusas lunares, viagens xamânicas com batidas de tambor, visualizações dos animais de poder, uso de florais ou elixires de gemas contribuem para o restabelecimento do padrão lunar rompido e perdido ao longo dos milênios de supremacia masculina e racional.

O mundo atual - em que a maior parte das mulheres trabalha - ainda tem uma orientação masculina. Para se afastar dessa influência, a mulher moderna deve perscrutar seu interior e encontrar sua verdadeira natureza, refletindo-a em sua interação com o mundo externo.

Texto de Mirella Faur - http://teiadethea.org/?q=node%2F131

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Bio-Absorventes - Uma Solução Consciente.

Segue abaixo um texto do site Arte-Mísia que revende coletores menstruais e bio-absorventes, no final do texto segue o link para entrar em contato para compra ou esclarecimentos.
Importante salientar que compartilho das ideias expressadas no site, e sobre a não utilização de tampões e absorventes dados os problemas que eles podem acarretar com o passar dos anos, e também pela questão ambiental.

"Visão Ecológia:
Os absorventes descartáveis não podem ser reutilizados, sendo enviados diretamente para aterros sanitários, isto quando não vão para lixões, galerias de esgoto, rios, lençóis freáticos e mares.
Alem disto cada mulher utiliza em sua vida fértil em média 10 mil absorventes que demoram em torno de 100 anos para se decompor.

Visão Xamânica:
"Meu sangue é nutrição total. Meu sangue nutre o feto crescente. Meu sangue transforma-se em leite para nutrir um bebe. Meu sangue flui na terra como alimento para a Grande Mãe, Gaia, Mãe Terra." Fonte: Oração da Tenda da Lua
Habito Ancestral indigena devolver o sangue para terra, e alinhamento do fluxo com os ciclos da Lua.

Visão Social:
Valorização e fortalecimento da economia local. Matéria-prima nacional, costurados por um empreendimento social: Costureiras do Itaquaciara situado em área de manancial em Itapecerica da Serra-SP.

Visão da Saúde:
Descartáveis, utilizam produtos químicos (gel, dioxina, fungicidas, colas, cloro, plástico, perfume) que causam abafamentos, proliferação de fungos e bactérias, cólicas, aumento do fluxo, alteração no pH, alergias. O sistema sempre seco, resseca a umidade natural, gerando mais sangue menstrual.
Nossas ancestrais tinham menor incidência de miomas, câncer e infecções uterinas, por utilizarem absorventes de pano.

Visão Vegana:
Produtos não testados em animais, feito com tecidos de algodão antialérgicos.

Visão da Yoga:
Nossa menstruação é um veículo de reciclagem e purificação mensal, é um momento de expansão de consciência, sensibilidade e intimidade feminina. Reconheça o valor do seu ciclo, saiba o que é sua menstruação e reduza TPMs e desconfortos do ciclo.
Fonte: Apostila Shakti Yoga.

Visão Ayurveda:
"Segundo o Ayurveda o movimento e fluxo descendente manifesto em tudo aquilo que segue o caminho da eliminação (fezes, urina e sangue menstrual) é governado pelo subdosha Apana Vata. O sangue menstrual tem um caminho muito claro para seguir: direto para o centro da terra. Com a barreira do absorvente plástico o Apana Vata é bloqueado e não consegue eliminar todo o conteúdo do sangue menstrual.

Desarmonias como ovários policísticos, endometriose, vaginite, entre outras, são causadas pelo uso dessas barreiras plásticas que restringem o livre fluxo do prana. As células não eliminadas migram e se alojam em lugares indevidos propiciando as mais diversas patologias. " Fonte: Tatiane Rangel "

Saiba mais e adquira produtos: http://www.luartemisia.com.br/bioabsorventes/



sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Recolhimento Sagrado Feminino

Observando os ciclos de nosso corpo, entramos em sintonia com o corpo maior e organismo vivo e pulsante que é a Mãe Terra. Nós, mulheres, carregamos em nosso corpo todas as Luas, todos os ciclos, o poder do renascimento e da morte. Aprendemos com nossas ancestrais que temos nosso tempo de contemplação interior quando, como a Lua Nova, nos recolhemos em busca de nossos sonhos e sentimentos mais profundos. As emoções, o corpo, a natureza são alterados conforme a Lua. Nas tradições antigas, o Tempo da Lua era o momento em que a mulher não estava apta a conceber, era um período de descanso, onde se recolhiam de seus afazeres cotidianos para poderem se renovar. "É o tempo sagrado da mulher", o período menstrual, conforme nos conta Jamie Sams, "durante o qual ela é honrada como sendo a Mãe da Energia Criativa". O ciclo feminino é como a teia da vida e seu sangue está para seu corpo assim como a água está para a Terra. A mulher, através dos tempos, é o símbolo da abundância, fertilidade e nutrição. Ela é a tecelã, é a sonhadora. Nas tradições nativas norte-americanas há as "Tendas Negras", ou "Tendas da Lua", momento em que as mulheres da tribo recolhem-se em seu período menstrual. É o momento do recolhimento sagrado de contemplação onde honram os dons recebidos, compartem visões, sonhos, sentimentos, conectam-se com suas ancestrais e sábias da tribo. São elas que sonham por toda a tribo, devido ao poder visionário despertado nesse período. O negro é a cor relacionada à mulher na Roda da Cura. Também são recebidas nas tendas as meninas em seu primeiro ciclo menstrual para que conheçam o significado de ser mulher. Esse recolhimento não é observado somente entre as nativas norte-americanas, mas também entre várias outras culturas. Diversos ritos de passagem marcam a vida de meninas nativas no seu primeiro ciclo menstrual. Entre os Juruna, quando a Lua Nova aponta no céu, é momento de as meninas se recolherem para suas casas. As meninas kanamari, do Amazonas, também ficam reclusas enquanto dura seu primeiro sangramento, sendo alimentadas somente pela mãe. Assim ocorrem com as meninas tukúna que nesse período de reclusão aprendem os afazeres e a essência do que é ser uma mulher adulta. Observa-se, em alguns casos, como parte do rito, cortar o cabelo e pintar o corpo de negro. São ritos de honra à mulher, e não o afastamento das mesmas pela impureza, como foi mal-interpretado por muitas outras culturas, principalmente a nossa ocidental extremamente influenciada pelos valores cristãos.Nossos corpos mudam nesse período, fluem nossas emoções e estamos mais abertas a compartilhar com outras mulheres, como uma conexão fraternal. Ao observarmos nossos ciclos em relação à Lua, veremos que a maioria das mulheres que não adotam métodos artificiais de contracepção e que fluem integradas ao ciclo lunar, têm seu Tempo de Lua durante a Lua Nova. É importante observarmos como fluímos com a energia da Lua e seus ciclos, e em que período do ciclo lunar menstruamos. A menstruação é um chamado do nosso corpo ao recolhimento, assim como a Lua Nova é um período de introspecção, propício ao retiro e à reflexão. A Lua Cheia proporciona expansão e, se nossos corpos estão em sintonia com as energias naturais, é o período em que estaremos férteis. Quantas mulheres atualmente deixaram de observar os ciclos do próprio corpo? Quantas deixaram de conectar-se com as forças da natureza, deixaram de lado a riqueza desse período de introspecção, recolhimento e contemplação de si mesmas? No nosso Tempo de Lua sonhamos mais, estamos mais abertas à sabedoria que carregamos de nossas ancestrais. Aproveite esse período para conhecer e explorar seu interior, agradecendo os dons e habilidades que possui. Compartilhe com outras mulheres esses momentos sagrados de respeito e fraternidade. Ouse sonhar e exercer seu lado visionária. Note que ao estar em conexão com todas as mulheres e com a própria Mãe Terra, muitos sintomas tidos como incômodos vão desaparecendo. Muitos destes sintomas são a rejeição desse período. Com a competição resultante dos valores da sociedade moderna, muitas de nós esqueceram de ouvir a si mesmas, de sentir a necessidade de seus próprios corpos e corações. 
Para finalizar, segue um trecho sobre a Tenda da Lua, de Jamie Sams, falando-nos sobre a importância desse ciclo de religação com a Terra e a Lua: "O verdadeiro sentido dessa conexão ficou perdido em nosso mundo moderno. Na minha opinião, muitos dos problemas que as mulheres enfrentam, relacionados aos órgãos sexuais, poderiam ser aliviados se elas voltassem a respeitar a necessidade de retiro e de religação com a sua verdadeira Mãe e Avó, que vêm a ser respectivamente a Terra e a Lua. As mulheres honram o seu Caminho Sagrado quando se dão conta do conhecimento intuitivo inerente a sua natureza receptiva. Ao confiar nos ciclos dos seus corpos e permitir que as sensações venham à tona dentro deles, as mulheres vêm sendo videntes e oráculos de suas tribos há séculos. As mulheres precisam aprender a amar, compreender, e, desta forma, curar umas às outras. Cada uma delas pode penetrar no silêncio do próprio coração para que lhe seja revelada a beleza do recolhimento e da receptividade".


*Texto de Tatiana Menkaiká - Publicado na Revista Viva Melhor - Xamanismo

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Menstruação e Identidade Feminina

"A Lua natal mostra a auto-imagem das mulheres. A menstruação está conectada com a auto-imagem porque o ciclo mensal deixa claramente marcadas as fases da vida de uma mulher, desde a menarca até a menopausa.
Durante os trânsitos dos planetas exteriores para Câncer, a média de idade da primeira menstruação caiu dos 14 anos para os 12 e meio, ao passo que a menopausa foi adiada. Em épocas anteriores, nossa história reprodutiva deve ter sido muito mais próxima dos aspectos da Lua progredida para sua posição natal. Usando o método de um dia por ano, o ciclo lunar de 28 dias se transforma num ciclo anual de 28 anos. As divisões em quartos correspondem a 7, 14, 21 e 28 anos, com uma nova fase a cada 7 anos depois disso. Essas fases correspondem a mudanças em áreas lunares da vida.
A idade mais baixa para a menarca talvez não pareça importante diante disso. Entretanto, uma mulher de 14 anos está mais bem equipada do que uma de 12 para lidar com o desenvolvimento dos seios, o aumento dos hormônios e a atenção sexual que a puberdade traz. Anos antes de terem maturidade para serem mães, as meninas já estão capacitadas a tanto. Já não é incomum que meninas de 11 e 12 anos sejam levadas a clínicas de aborto, e existe uma epidemia de gravidez adolescente. Pais que "resolvem" o problema da sexualidade da adolescente fazendo-a tomar pílula, colocam em perigo o equilíbrio hormonal da filha, que é bastante delicado nessa idade. A dose extra de hormônios contribui para a perturbação emocional da adolescente. Os homens não fazem uma entrada tão bem definida na condição masculina, mas para as mulheres a primeira menstruação ou menarca é o rito de passagem para a condição feminina. Até que comece a menstruar, a garotinha talvez não se identifique plenamente com a mulher adulta. O começo da menstruação é o primeiro limiar lunar importante e prepara o cenário para todos os outros que se seguem. Nossas experiências naquele momento crucial dão o colorido às percepções de feminilidade. A partir das reações dos adultos significativos, descobrimos se essa parte de nós é suja ou natural. Aprendemos se é uma coisa positiva a ser celebrada ou uma coisa vergonhosa a ser escondida. Costumes como o tapa na cara, entre os judeus, na primeira menstruação, comunicam mensagens sobre o significado de ser mulher. Contraste-se o fato com as celebrações de um dia ou uma semana de duração, feitas para a primeira menstruação das meninas em muitas culturas nativas. (Na falta de ritos de puberdade culturalmente sancionados,talvez a gravidez na adolescência tenha a intenção de ser parcialmente uma espécie de rito de passagem — como uma afirmação "no meio da cara" de que "agora eu sou uma mulher".) Se você quiser estabelecer um ritual para sua filha ou qualquer outra garota, o livro de Marcia Starck, Women's Medicine Ways, está cheio de exemplos e dicas de outras culturas.
Cada menstruação pode trazer para a mulher heterossexualmente ativa um momento de alívio ou de desolação por não ter engravidado ainda. Muitas de nós têm medos e anseios primitivos quanto à nossa fertilidade, usando-a até certo ponto para decidir se somos ou não "mulheres de verdade". As mulheres que estão na menopausa ou sofreram uma histerectomia muitas vezes têm sentimentos intensos em relação a essa mudança, inclusive o medo de que estejam perdendo a feminilidade. Nossa identidade feminina e senso de autovalorização estão ligados a essas funções, independentemente de nossas capacidades e realizações. Não importa quão liberadas ou instruídas sejamos, elas continuam a ter mistério e poder. São muito intensas as emoções que temos em relação às panes do corpo que mais claramente nos definem como mulheres — os seios e o útero. Esses órgãos regidos pela Lua podem despertar sentimentos de inadequação, medo ou vergonha. Os homens também reagem intensamente a eles."


Fonte:  A Lua na sua vida - O Poder Mágico e a Influencias sobre as mulheres -  Donna Cunningham

Mistérios do Sangue



No livro Sacre Pleasure – Sex, Myth and Polítics of the Body (HarperCollins, 1995), Riane Eisler nos relata que os pigmeus Bambuti, da floresta do Congo, referem-se à menstruação como "ser abençoada pela Lua". Não há, naquela cultura, nada de aparentemente negativo associado ao período da menstruação.
O primeiro sangue menstrual é comemorado com uma festa chamada "elima", que envolve toda a aldeia. Após sua primeira menstruação, ser novamente abençoada pela lua no futuro é simplesmente visto como parte natural da vida da mulher, e não há nenhuma celebração posterior associada a isso. Não existem tabus ligados ao período menstrual e isso, talvez, represente bem a antiga mentalidade não-judaico-cristã.
O fluxo de sangue e seu cessar estão ambos intimamente ligados aos Mistérios Femininos. Menstruação, gravidez, parto e menopausa são aspectos do ciclo vital de todas as mulheres. O sangue, ou sua ausência, assinala naturalmente os estágios de transformação de uma mulher, desde a ruptura do hímen ao sangue do parto, ao fim dos sangramentos na menopausa. Em tempos remotos, o modo como uma mulher usava sua guirlanda era um sinal externo de qual estágio de sua vida ela já havia alcançado.
Em Blood Relations – Menstruation and the Origins of Culture, Knight nos conta que os primitivos humanos que habitavam as florestas, dormiam na copa das árvores sob o céu noturno. Os ciclos de luz da lua apropriadamente influenciavam os ciclos menstruais. A pesquisa de Knight indica que, na maioria das mulheres, o ciclo menstrual começa durante a lua nova e ela ovula por volta da lua cheia. Luisa Francia, em seu libro Dragon Time – Magic and Mystery of Menstruation (Ash Tree, 1991), também afirma que as mulheres que vivem e dormem ao ar livre (longe das luzes artificiais) estão sintonizadas a esse ciclo.
Knight apresenta algumas interessantes descobertas da biologia feminina. Um estudo sobre a duração de 270.000 ciclos de mulheres, representando todas as idades da vida reprodutiva, revelou o seguinte: a mais alta percentagem simples das mulheres do estudo, menstruaram durante a lua nova. A segunda percentagem mais alta, menstruou durante a lua crescente e apenas 11,5% menstruou durante a lua cheia. Essa pesquisa também indica que a maioria das mulheres mostraram um ciclo menstrual de 29,5 dias. Esse ciclo apresentou-se também como o mais fértil. O estudo ainda trouxe à descoberta de que mulheres heterossexuais que praticavam sexo com regularidade semanal, possuíam ciclo mais intimamente ligado ao ciclo da lua do que mulheres cuja vida sexual era de natureza esporádica ou celibatária. O estudo também indicou que os feromônios masculinos podem estar envolvidos no alinhamento do ciclo menstrual ao chamado ciclo "normal" que se inicia com a lua nova.
Nos Mistérios Femininos, vemos que o sangue menstrual era mais do que o indicador do ciclo de fertilidade de uma mulher. A vagina era vista como um portal mágico através do qual a vida surgia de uma misteriosa fonte interna. Na religião matrifocal, era um portal tanto para a regeneração física como para a transformação espiritual. As mulheres estão mais sintonizadas à sua natureza psíquica durante a menstruação. Uma vez que o fluxo de sangue menstrual tende a absorver energia, as mulheres estão mais aptas a curar os outros durante esse período. Assim, mulheres em menstruação podem absorver a energia dos outros e aterrá-la através de seu próprio sangramnto físico. Uma vez que o sangue é lançado à terra, a energia é neutralizada e a cura pode ter início na pessoa adoentada.
O sangue menstrual era, também, utilizado para fertilizar as sementes para o plantio, passando a essência da vida a elas. Campos eram, por vezes, borrifados com uma mistura de água e sangue menstrual para estimular o crescimento. As sementes e plantas absorviam um pouco da energia antes que o solo neutralizasse a carga. Xamãs femininos também transferiam cargas mágicas aos campos cultivados através do sangue menstrual, criados para influenciar a mente grupal da comunidade que se alimentaria da colheita. Durante a Idade Média, as bruxas eram constantemente acusadas de enfeitiçar as plantações...
Outra função do sangue menstrual, era a de ungir os mortos. Acreditava-se que isso asseguraria seu renascimento, graças às propriedades vitalizantes do sangue que jorrava do próprio portal da vida. Durante o Neolítico e o início da Idade do Bronze, na Antiga Europa, a região do Egeu testemunhou a criação de tumbas redondas com pequenas aberturas voltadas para o leste, na direção do sol nascente. Essas tumbas representavam o ventre da Deusa, e a abertura era a sua vagina. Vasos sagrados eram utilizados para coletar o sangue menstrual para ungir os mortos. Eram vasos da fertilidade, luz e transformação. Os mortos eram ungidos com sangue menstrual e posicionados no interior das tumbas. A luz do sol nascente simbolizava a renovação e a regeneração, enquanto penetrava na abertura da tumba (o falo solar penetrando a vagina telúrica). Posteriormente, essas tumbas terrenas evoluíram na forma de montes, remanescentes do Culto ao Mortos.
Em Sacred Pleasure, Riane Eisler relata como os ritos e cerimônias funerários pré-históricos incluíam atos sexuais. Tais atos visavam conectar a tumba à energia da procriação. Símbolos espirais eram constantemente gravados em tumbas neolíticas como sinais da regeneração. Também simbolizavam a transformação xamânica da consciência que empregava cogumelos alucinógenos. Os cogumelos têm fama de afrodisíacos e sua semelhança com a genitália masculina ficava certamente evidente aos primitivos europeus. A rapidez com que os cogumelos crescem e desaparecem também contribuiu para sua associação com o falo. Assim, podemos facilmente associar as danças extáticas com os ritos funerários da magia do sangue.
Nos Ensinamentos Misteriosos, a magia do sangue está ligada às fases da lua. A lua cheia inicia a ovulação e simboliza os poderes de transformação da energia lunar (e, por conseqüência, da energia feminina). Por seu aspecto fértil no ciclo de uma mulher, a lua cheia é o período da mãe. Durante essa fase, é melhor formular e visualizar o que quer que seja desejável na vida de um indivíduo. As imagens mágicas lançam raízes durante essa fase, e o sangue é carregado com quaisquer formas de pensamentos que direcionamos a ele. A lua minguante põe em movimento o que foi concebido durante a lua cheia, para que se manifeste. É um período para estabelecer as conexões com o mundo físico, que irão auxiliar o fluxo de energia relacionada rumo aos desejos do indivíduo. A lua nova libera o sangue carregado do caldeirão mágico do ventre. A energia mágica é, então, usada e é tempo para reflexão e introspecção. A lua crescente é um período de potencialização, de leitura e estudos, preparando o solo fértil do ventre para a semente mágica que será plantada na lua cheia.

Fonte: Mistérios Wiccanos - Raven Grimassi
Imagem: Acervo Pessoal de Babi Guerreiro.

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Ciclo Menstrual e Ovariano

Para vivenciar os Ciclos é essencial que o conheçamos biologicamente, quimicamente, isso é parte do processo de reconexão com o Sagrado que reside em nós.
Abaixo um excelente texto para explicar melhor o que acontece dentro de nós mulheres todos os meses. 

"O ciclo menstrual é determinado por dois ciclos: o ciclo OVARIANO e o ciclo MENSTRUAL.
O típico ciclo menstrual mensal é influenciado pela maturação do folículo, pela ovulação e formação do corpo lúteo, sendo finalizado pelo sangramento menstrual. As mudanças ocorridas no útero dependem das mudanças ocorridas simultaneamente, nos ovários. O ciclo menstrual divide-se em três fases: menstrual, proliferativa e secretora;
Já o ciclo ovariano tem duas fases: a fase pré-ovulatória ou folicular e a fase pós-ovulatória ou lútea; Durante a fase folicular (1°ao14°dia – em um ciclo de 28 dias) ocorre o desenvolvimento do folículo ovariano. Dos 400.000 folículos primários presentes nos ovários desde o nascimento, na puberdade começam a amadurecer mensalmente e, somente de 300 a 400 deles irão desenvolver-se plenamente durante o período reprodutivo da mulher.
O desenvolvimento do folículo é influenciado pelo Hormônio Folículo-estimulante (FSH), produzido pela hipófise anterior ou adeno-hipófise, cuja função é transformar o folículo primário em Folículo de Graaf e estimulá-lo a produzir estrógeno, que por sua vez estimula o espessamento do endométrio, fluidifica o muco cervical, alcaliniza o pH vaginal e estimula o peristaltismo das tubas uterinas. Os altos níveis de estrógeno produzido pelo Folículo de Graaf estimula a liberação do Hormônio Luteinizante (LH) pela hipófise anterior. O LH rompe a parede do folículo e libera o óvulo, ocorrendo a ovulação, aí começa a fase pós-ovulatória ou lútea.
A ovulação, normalmente, ocorre 14 dias do primeiro dia do fluxo menstrual, assim em um ciclo de 28 dias, ocorreu no 14º dia do ciclo, e num ciclo de 30 dias ocorreu no 16º dia do ciclo.
A fase lútea inicia-se logo após a ovulação, do 15° ao 28° dia em um ciclo menstrual de 28 dias. Depois da ruptura do folículo de Graaf e da liberação do óvulo, as células do folículo vazio aumentam e transformam-se no corpo lúteo ou corpo amarelo. Influenciado pelo LH, o corpo lúteo começa a produzir quantidades maiores de estrógeno e de progesterona.
Se a fertilização do óvulo acontecer o corpo lúteo se mantém por 3 meses produzindo estrógeno e progesterona. Se não ocorrer, os níveis de LH diminuem, levando a degeneração do corpo lúteo. Sem a influência do LH o corpo lúteo transforma-se em cicatriz na superfície do ovário, denominado corpo albicans.
Não ocorrendo fecundação, o corpo lúteo regride, resultando na queda dos níveis de estrógeno e progesterona. Ocorre a ruptura dos vasos sanguíneos e a constrição de artérias, causando uma deficiência no suprimento sanguíneo na região. Formam-se pequenos coágulos de sangue que rompem a superfície do endométrio iniciando uma nova fase menstrual.
RESUMINDO: A partir da puberdade, uma glândula hipófise, secreta o hormônio folículo estimulante FSH, que prepara alguns folículos (oócitos primários) para o amadurecimento (oócito secundário – óvulo), até que haja seu desprendimento do ovário - ovulação. Os folículos em amadurecimento estimulam a produção de outro hormônio chamado estrogênio, que ativa o desenvolvimento de uma camada espessa do útero (endométrio), no ciclo menstrual. Depois de duas semanas, a hipófise secreta o hormônio luteinizante, fazendo que o óvulo mais maduro se desprenda do folículo. No ovário fica uma “cicatriz” chamada de corpo lúteo. O corpo lúteo começa a produzir progesterona e estrogênio. Ambos os hormônios garantem o crescimento da camada espessa no útero para alimentar o embrião, que caso não exista, é expelida em forma de menstruação. No período ovulatório o muco cervical fica mais abundante, alcalino e fluido à medida que o nível de estrógeno aumenta, é quando pode aparecer uma secreção vaginal transparente, na forma de corrimento isolado, porém sem cheiro e com a consistência de “clara de ovo”. Este é o período fértil. Durante a fase secretora (15°ao28°dia – do ciclo menstrual), o estrógeno é secretado, mas a fase é dominada pela secreção de progesterona que finaliza o espessamento do endométrio e inibe as contrações uterinas. As glândulas endometriais secretam glicogênio a espera do ovo fertilizado (para que possa nutrir o futuro embrião). Quando não ocorre a fecundação a superfície do endométrio se rompe em pequenos coágulos iniciando uma nova fase menstrual."



*Para entender melhor a dança hormonal leia "A Inteligência Hormonal da Mulher" do Dr. Eliezer Berestein.

Bênçãos.

Fonte: Resumo de Diversos Documentos do Acervo Pessoal.

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Cristais e as questões femininas

*Texto originalmente postado em 31 de agosto de 2009 no meu blog Guerreira Interior. Reeditado para esta postagem.*

Fiz um estudo e uma pesquisa sobre os cristais e as questões femininas que agora eu compartilho aqui com vocês, esses são alguns dos cristais que eu utilizo nas meditações e rituais da minha Lua Vermelha... espero que venha  a ajudá-las assim como tem me ajudado!

Crisocola: Excelente para tratar as tensões pré-menstruais e as cólicas.

Azeviche: Por tradição é usada para amenizar cólicas menstruais, pude constatar pessoalmente!

Malaquita: Util para as cólicas, facilita o parto, alguns a chamam de pedra parteira. Ela está em sintonia com orgãos sexuais femininos e por isso ela combate qualquer sintoma e tipo de problema sexual.

Pedra da Lua: É excelente para a sindrome pré-menstrual, para a concepção, para o parto e para a amamentação.

Opala: Facilita o nascimento e alivia a TPM (use as opalas de tons mais escuros) A Opala-cereja ajuda também a amenizar os sintomas da menopausa.

Citrino: Seu elixir atua com sucesso contra os calores da menopausa.

Jaspe Vermelho: Usada para promover a beleza das mulheres.

Hematita: Excelente anti - hemorrágico.

Heliotrópio: As mulheres penduravam um heliotrópio em seu braço para evitar o aborto, e mais tarde, na coxa para facilitar o parto, anti - hemorrágico também.

Sardo: Ajuda as mulheres em trabalho de parto.

Âmbar: As mulheres se adornavam com imagens de peixes, sapos, coelhos esculpidos em âmbar para assegurar a concepção.

Coral: As mulheres italianas costumavam usá-lo perto da virilha para regular o fluxo menstrual, aceitando a relação entre o mar, a Lua e os ciclos. O coral, geralmente vermelho, empalidecia durante o fluxo e se tornava mais brilhante depois. Também usado para prevenir a esterilidade.

Geodo: Para prevenir o aborto.

Pedras para tratar assuntos ligados ao:

Ovário: Cornalina, Crisocola, Crisoprásio, Opala Negra, Quartzo Rosa.

Útero e Sistema Reprodutor: Cornalina, Crisocola e Crocoíta.

Bibliografia consultada:
  • A Biblia dos Cristais - Judy Hall -Ed. Pensamento
  • Enciclopédia de Cristais, Pedras Preciosas e Metais - Scott Cunningham - Ed. Gaia.
Que vocês desfrutem desse conhecimento, propaguem, espalhem... que Gaia, nossa Mãe Terra nos abençoe grandemente a cada trabalho com esses seres maravilhosos que são os Cristais.


Altar Menstrual

* Texto postado originalmente no meu blog Guerreira Interior, em 24 de abril de 2009, reeditado para esta postagem*

Finalmente farei a postagem que tanto prometi sobre o altar menstrual, um lugar sagrado, erigido pela mulher a cada menstruação, no 1º dia de seu ciclo, eu gosto de montar o meu na primeira manhã da menstruação porque já faço a coleta do meu sangue da noite, para entregar a Terra.
Sobre o altar devem ser colocados simbolos ligados ao ventre e aos mistérios do sangue.

Serpentes: Representam o poder do fogo do sangue, adormecido no ventre da mulher.
Conchas: Representam o oceano primordial, poder fertilizador e germinador da àgua.
Caldeirão: E o Cálice, simbolizam o ventre da Deusa e seu poder de vida, morte e renascimento.
Yoni: Representa a essência da energia feminina e o ventre da Deusa.
Ovo: Símbolo do nascimento e da vida. Também pode representar os óvulos e a ovulação.
Vésica Piscis: Um dos simbolos mais antigos da Deusa, como Mãe Criadora de tudo.
Pedra Furada: Ligada ao ventre da Deusa por conta de seu formato e fenda.
Buzios: Ligado aos mistèrios do feminino por sua semelhança com a vagina.
Guirlanda de flores: Sua forma circular representa o circulo do renascimento.
Imagem da Deusa: Em sua versão mais antiga, como a Vênus de Willendorf
Flores e velas: Flores vermelhas, e velas prateadas ou vermelhas.

Além desses simbolos, todos sugestões, que cada mulher tem que analisar e sentir o que em seu altar ela deve colocar...ela também pode deixar seu Jarro Menstrual, incensário, com os aromas correspondentes as deusas de sua devoção, cristais támbem ligados a Deusa ou ao poder do sangue.
Cada altar é único, e fala muito sobre sua espiritualidade e sua ligação com a Divindade. Eu por exemplo sinto o desejo de colocar meu oráculo sobre ele, para que ele receba do meu poder criativo (meu sangue), coloco meu óleo da Lua Vermelha com o qual unjo meu ventre. Meu 1º athame, que consagrei a Athena, que foi meu 1º objeto na magia, um presente cheio de simbolismo para mim, e meu talismã de proteção menstrual, que carrego na bolsa quando estou menstruada.
Além desses itens, tem meu colar menstrual, feito com sementes de açaí tingido de vermelho, que não tiro do pescoço quando menstruo... e meu Diário da Lua Vermelha, onde anoto sonhos, sensações, período fértil, luas e muito mais.
Esses objetos nos ajudam a resgatar nossa conexão com nosso sangue, nos lembrando que menstruar é algo bonito e poderoso, só as fêmeas fazem isso. E diga-se também que, isso é um sinal de saúde, estamos fertéis, temos que nos orgulhar desse momento.
Eu decidi compartilhar 1 foto do meu altar com vocês para que tenham idéias à respeito de como construirem os seus, mas lembrem-se, o Altar deve ser a sua cara.

Fonte de consulta: Ritos de Passagem - Claudiney Prieto.



quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Alimentação e os Ciclos Femininos

Este texto foi postado originalmente no meu outro blog, Thea Plena, em 26 de março de 2012, passou por uma revisão e está sendo repostado inclusive com outro título.

"Nos últimos meses comecei a me dedicar a colocar em prática com disciplina tudo o que já havia lido à respeito da Menstruação, Tensão Pré-Menstrual e desenterrei coisas da época que me meti a estudar Nutrição.

E com algumas mudanças alimentares e de postura pude sentir a diferença nos meus ciclos.

À seguir um trecho da reportagem "Dieta do Ciclo Menstrual" da revista Dieta Já (jun.2001).

"Os hormônios que interagem durante a fase menstrual são os responsáveis por regular o comando cerebral da fome e até do astral - de uma hora para outra, você vai da felicidade absoluta para o mau humor insuportável! Por isso é tão importante eleger os alimentos certos para cada etapa do ciclo. A influência dos hormônios é tão séria que eles determinam até mesmo o pensamento, como confirma o ginecologista paulista Eliezer Berenstein em seu livro A Inteligência Hormonal da Mulher. "Essa mistura de sensações e emoções inunda o corpo feminino como uma maré química e interfere no funcionamento da imunidade, digestão, circulação e demais reações fisiológicas", diz ele.
"Oscilações de humor, apetite e libido costumam fazer a mulher se sentir numa montanha-russa, cheia de altos e baixos", concorda o ginecologista e obstetra Nicolau D´Amico Filho, de São Paulo."Por isso uma refeição que respeite essas variações e ainda ajude a emagrecer faz total sentido", explica a nutricionista Lara Natacci, do Paraná, que elaborou a Dieta do Ciclo Menstrual. Ela acrescenta que os hormônios, tidos como os vilões do bom humor e da disposição, são influenciados pela alimentação. "A dieta balanceada em cada etapa do ciclo menstrual é capaz até de corrigir as turbulências hormonais", garante a paulista Denise Carreiro, também nutricionista."

Então para cada fase de nosso ciclo deveríamos privilegiar alguns alimentos em especial, comecei então a testar essa teoria na prática; resultado 9 kg à menos e muito mais disposição.

Passei a consumir uma grande quantidade de verduras e legumes, principalmente alface, pepino e rúcula...frutas como melancia, mamão e maçã, sucos de laranja, acerola e abacaxi. Aliás passei a consumir com maior frequência durante o PPM (Período Pré Menstrual) suco de soja, substituindo o tradicional café com leite da noite.
Diminui bastante o consumo de cafeína, leite de vaca, refrigerantes, frituras e açúcar, principalmente nos 5 dias que antecedem o começo do ciclo, e que pra mim eram bem mais críticos, onde sentia bem mais sintomas como irritação, insônia, cansaço e muito mais.

Para as cólicas abdominais uma receitinha simples, Chá de Orégano, bebível e seu efeito é fantástico, já para a comum desregulada no intestino, 1 leite fermentado ao dia (Yakult) a partir da véspera do Ciclo e pelos próximos 2 dias, em que geralmente nosso intestino sofre uma verdadeira turbulência.

Passei a frequentar restaurantes vegetarianos quando preciso comer fora, pois nesses lugares em geral a comida não é somente mais saudável, mas também melhor preparada.
Meu consumo de carne vermelha diminuiu muito também, agora prefiro meu bife mal passado quando estou no 2º dia do meu ciclo, quando mais meu organismo precisa de ferro.

Outra atitude que tomei que sinto que ajudou a melhorar minha disposição é o uso de Suplemento Alimentar, pois por mais que cuidemos de nossa alimentação, sempre fica algo em débito, importante salientar que o Suplemento não substitui sua alimentação e sim reforça, dai o nome "suplemento".
E também estou consumindo nos 15 dias que antecedem o ciclo capsulas de óleo de prímula, rico em ácido gama linoleíco (GLA), há tempos é sabido que ajuda a diminuir os sintomas de tensão.

E uma das dicas mais importantes deste post, mudança alimentar acompanhada de atividade física (faça uma que você sinta prazer, teste várias até achar uma) tem um resultado ainda melhor, nossa disposição e humor fica muito melhor.
Seja yoga, dança do ventre, malhação de academia, não importa. Mas mexa-se, a liberação de endorfina em nosso organismo é uma das coisas mais maravilhosas que existem! 

Dá trabalho sim, não nego... sei que não é fácil no mundo corrido de hoje se alimentar direito e tirar um tempo só pra você, mas vale a pena organizar nossa rotina em prol de algo que vai melhorar e muito nossa qualidade de vida. Antes eu passava muito tempo no computador, hoje passo mais tempo na cozinha preparando coisas saudáveis, ao ar livre praticando caminhada, no meu elíptico me exercitando, estou buscando auxilio de outras formas também, mas isso fica para um próximo post.

Leia na integra a matéria sobre a "Dieta do Ciclo Menstrual" e veja as sugestões de cardápio para cada fase dos seus ciclos, se preocupe em montar seu próprio cardápio dentro de suas possibilidades.
Estou seguindo as sugestões para todos os ciclos, e pude notar várias diferenças nos meus níveis de disposição, portanto acho que cabe uma avaliação e tentativa.
Lembre-se; é preciso somente boa vontade e força para se obter os primeiros resultados, após isso você ganha motivação para ir adiante."

Boa sorte...


Calendário Orgânico pra dar uma forcinha na hora de montar sua alimentação ;)